A fotografia é parte essencial do casamento, afinal de contas, são as fotos que registram cada um dos minutos especiais desse dia tão especial. Ao longo dos anos, as técnicas de fotografia foram desenvolvidas, levando mais qualidade, tecnologia e fidelidade à realidade aos noivos. Recentemente, muitos fotógrafos passaram a aderir ao fotojornalismo para o registro de cerimônias.
Entenda aqui o que é fotojornalismo para casamento, quando optar por essa “modalidade” e confira a entrevista especial com Marina Maeda, fotógrafa consagrada no Brasil.
Fotojornalismo x fotografia tradicional para casamento
Antes de definir o fotojornalismo para casamentos, vamos comparar esta técnica com a fotografia tradicional.
Sabem aquelas fotos pousadas, pensadas e direcionadas pelo fotógrafo? Elas não consideradas fotojornalismo, mas sim fotos tradicionais, que são planejadas e com resultados esperados. Tais registros têm sim importância para os casamentos, sobretudo para aqueles momentos que antecedem a cerimônia, registrando os looks da noiva, do noivo, das madrinhas, dos padrinhos, das daminhas, dos pajens, registrando os detalhes na igreja, a decoração da festa, as fotos de grupo, enfim, momentos que requerem planejamento e muita pose.
O fotojornalismo, porém, vem com uma proposta diferente: a proposta de registrar emoções. Esta técnica visa destacar o que aconteceu naquele momento e que não se repete mais, como um sorriso, uma lágrima, uma atitude espontânea de uma daminha, a comoção da mãe, a felicidade da noiva, a dança do noivo, ... enfim, momentos que não exigem preparação e muito menos pose, mas sim espontaneidade.
Assim chega o fotojornalismo e se consagra no universo dos casamentos: A tentativa de marcar, para sempre, aqueles momentos únicos. Por isto muitos noivos optam por essa “modalidade”.
Tecnicamente falando, o fotojornalismo tem outras características, como a ausência de flash. Embora esta não seja uma regra, a maioria das imagens espontâneas são feitas sem flash, mas exigindo um equipamento fotográfico mais robusto, afim de conseguir uma certa nitidez e captar detalhes, mas sem a presença de ruídos (pixels aparecem de forma desordenada e que as vezes estragam a qualidade no geral).
Além do mais, a maioria das “regras” de composição são quebradas, o profissional precisa ir além, usar a imaginação e toda a emoção para registrar as imagens perfeitas. Ao contrário de que muitas pessoas pensam, o fotojornalismo em evento não se limita apenas em gerar fotos com enquadramento na diagonal, amareladas com luz ambiente e sorrisos espontâneos, mas precisam contar uma história de forma única e expressiva.
O fotógrafo de casamento tem, então, por obrigação, conhecer a vida deste casal, saber como eles se conheceram, entender o que levou a essa união, saber o que eles sentem e pensam e, sobretudo, o que esperam dos registros desse dia tão especial.
E então, o que é melhor: Fotojornalismo ou fotos tradicionais de casamento? A resposta é: não há uma resposta exata e matematicamente calculada. A técnica escolhida dependerá das preferências dos noivos, da proposta do casamento, do local, do clima, dos sentimentos e das ideias de quem optou por esses registros.
Se pudermos deixar aqui uma dica, esta é: O ideal é uma mescla de vários estilos e várias técnicas diferentes para compor um casamento. Afinal de contas, cada “modalidade” tem uma razão de ser inserida no evento. Então que tal optar por fotos tradicionais mescladas com fotojornalismo?
Pense bem: As fotos pousadas registram os ensaios de casamento, os momentos que antecedem a cerimônia, aqueles retratos com pessoas especiais e outros instantes que os noivos (juntamente com o fotógrafo) optarem por registrar de forma planejada.
O fotojornalismo entra para registrar a espontaneidade, as emoções, aqueles momentos que não exigem planejamento, mas sim vivência.
Palavra de especialista
Marina Maeda entende que a fotografia é uma linguagem única e especial, capaz de captar momentos e guardá-los da maneira mais doce.
“Comecei a fotografar profissionalmente em 2012 e desde que comecei meus estudos em fotografia percebi que o que mais gostava era fotografar pessoas. Por isso, acabei indo para eventos e descobri no casamento a razão da minha paixão: contar histórias de famílias que estão começando. Muito mais do que uma festa, o casamento para mim é a celebração da união de duas pessoas que se amam e querem formar uma família. Isso se perdeu um pouco hoje em dia, mas é o que me move, pois tem muito a ver com minha história pessoal. Para mim, fotografia é uma herança de família”, explicou sobre o que a levou a fotografar casamentos.
“Para eu desenvolver meu trabalho, preciso conhecer quem estou fotografando. Saber sua história, quem são, o que gostam, como são, suas histórias da família. E com base nesse conhecimento, procuro sempre respeitar muito o jeito e as particularidades de cada casal, de cada família, para que daqui 10-20 anos eles de fato se identifiquem, se reconheçam e se emocionem com aquelas fotos. Não tenho um roteiro de fotos prontas para todos os casamentos, porque cada casal é um casal. O importante no meu trabalho é captar a essência de cada um”, esclareceu sobre o seu trabalho.
Marina também falou sobre as fotos tradicionais de casamento e o fotojornalismo: “No fotojornalismo buscamos unir uma boa composição da foto com as emoções mais espontâneas das pessoas. É um trabalho mais delicado, pois não controlamos boa parte das cenas. Não escolhemos onde elas vão acontecer nem como elas acontecem, então precisamos pensar muito rápido para conseguir um bom enquadramento daquela cena que está acontecendo na nossa frente. É preciso estar atento a tudo o que acontece ao redor. O resultado da foto é muito diferente quando você fotografa um abraço espontâneo do pai da noiva X quando a gente pede para o pai abraçá-la. A foto do abraço espontâneo consegue captar e transmitir muito mais emoção”, contou.
A fotógrafa ainda falou que o tipo de trabalho escolhido para cada casamento vai depender de cada cliente: “Depende do gosto dos noivos e do quanto eles valorizam e priorizam a fotografia. Fotografia é uma questão de gosto e estilo. O casal precisa se apaixonar pelo trabalho do profissional antes de contratá-lo. Afinal, são as fotos dele que eles levarão para o resto da vida.”, explicou.
Marina ainda ressaltou a importância da fotografia para o casamento: “É clichê, mas é a verdade: fotografia é o que fica no final e é o que eles vão levar para o resto da vida. É a herança que eles vão deixar para os filhos, netos, para as próximas gerações. É o que vai representar e contar o início da história daquela família”, contou.
Para finalizar, a fotógrafa deixou seus conselhos para vocês, leitores: “É importante que os noivos tenham empatia com o profissional que irão contratar. O "santo" precisa bater. Porque o fotógrafo é quem vai ficar a maior parte do tempo com eles. O casamento e tudo o que acontece durante o casamento são momentos de muita intimidade deles e da família deles. O casal precisa se sentir confortável e seguro com o profissional que contrataram”, explicou.
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